Quando nos sentamos e fechamos os olhos numa meditação, o que ocorre a partir deste momento na nossa prática é apenas a ponta do iceberg. Este é um momento em que temos a oportunidade de ter uma experiência que, na verdade, já temos no dia-a-dia, porém não nos damos conta dela. A diferença é que na meditação permitimos que a experiência ocorra de forma controlada e quando dominamos o sentido desta prática, sabemos que iremos confrontar conteúdos internos de forma orientada com o objetivo de observa-los e de trazê-los ao nosso consciente.
Através da meditação consciente, entenderemos porque sentimos o que sentimos e não julgamos como sendo bom ou ruim o nosso estado emocional. Apenas o confrontamos sem a presença do peso emocional e sem os julgamentos da mente. A partir do momento em que aceitamos esses conteúdos e vamos, aos poucos, entendendo de onde se originam tais estados, estamos prontos para o próximo passo que é ressignificar estes conteúdos.
Então, podemos constatar que de nada adianta pular estágios. É preciso que façamos um confrontamento consciente de cada estado emocional que nos aflige para depois partir para a ressignificação dos mesmos.
É uma atitude que exige trabalho e empenho de nossa parte, porém vale muito à pena, pois a verdadeira meditação é justamente essa, levar nosso ser cada vez mais para o estado meditativo que pode acontecer não apenas quando estamos sentados de olhos fechados, mas em todos os momentos de nossa vida.
Texto baseado no curso de meditação (Yoga Bhavani)




